C19T1 | História da Arte – Movimentos Vanguardistas

06-11-2024

Curso de Formação (25 horas presenciais)

Objetivos a atingir

Para além do desenvolvimento de uma alargada cultura visual sobre os Movimentos artísticos de Vanguarda do início do século XX, esta formação
destina-se a dotar os formandos de capacidades críticas e analíticas na compreensão e investigação de cada um dos conteúdos programáticos.
Ao mesmo tempo que se espera que os formandos consigam distinguir as principais características formais e plásticas dos movimentos artísticos
analisados, pretende-se que consigam inseri-los e compreende-los dentro do seu contexto histórico, social e cultural. Nesse sentido, os
movimentos artísticos serão analisados não só na sua vertente ligada às artes plásticas, mas também de outras manifestações artísticas
significativas como a música e o cinema, sendo apenas assim possível adquirir uma compreensão do seu alcance global na sociedade e cultura da
época.


Conteúdos da ação

Nesta formação serão lecionados os seguintes centeúdos programáticos:
1. Fauvismo e Expressionismo: Entre continuidades e disrupções, estes são os dois primeiros movimentos que começam verdadeiramente a
sedimentar o experimentalismo disruptivo da modernidade e da vanguarda. Serão, assim, exploradas as estratégias plásticas que definem estes
movimentos enquanto vanguardas (desenvolvidas na relação entre a distorção das formas, o gesto/pincelada, a cor e as emoções). Será
particularmente explorado o expressionismo, tanto pela sua importância continua ao longo do século XX, como pela sua clara ligação a
determinados momentos socio-históricos, que se refletem no enorme pendor emotivo e sensorial deste movimento. Por outro lado, será uma
oportunidade para desenvolver pontes com o ambiente social da época e o cinema como novo medium artístico.
2. O Cubismo, Futurismo e Purismo: Se o Fauvismo e o Expressionismo agem sobre a modernidade através de uma arte emotiva e de forte pendor
sensorial, o Cubismo o Futurismo e o Purismo procuram, de um modo mais conceptual, resolver as questões impostas pelo mundo moderno através
de um reforçado questionar dos códigos plásticos vigentes na cultura ocidental. Assim, será analisado como foram postos em causa os
dispositivos visuais, em vigor durante séculos, como a perspetiva, o desenho académico e o modelamento clássico das formas através da cor e a
sua eficácia na representação da realidade. Numa análise estrutural, compreenderemos como a estas ideias não é alheio o relativismo cultural,
produto do contacto com culturas para além da Ocidental, bem como a consciência de uma repentina e extrema aceleração dos ritmos existentes.
3. Orfismo, Cavaleiro Azul, O Raionismo, o Suprematismo; o Construtivismo; O Neoplasticismo; Cercle et Carré: Outra reacção à mudança é a total
decomposição dos códigos imagéticos levando-os uma absoluta quebra com o modelo figurativo. Assim, será analisado como para os artistas
abstratos as cores e as formas têm agencialidade para além do signo e agem sobre o inconsciente dos sujeitos. Nesse sentido, serão explorados
os diferentes caminhos da abstração artística ao longo das três primeiras décadas do século XX, dando também um particular enfoque ao papel da
música dentro destas concepções estéticas.
4. Dadaísmo e Surrealismo: Pensar a arte e a criatividade a partir da destruição e reconstrução – eis o objetivo máximo dos movimentos Dadá e
Surrealista. No mundo da arte o culminar da condição transitória, efémera e contingente que caracteriza a modernidade – voltando à definição de
Baudelaire - desenvolve-se com o questionar do próprio sistema da arte pelos seus agentes. Assim, no Surrealismo focar-se-á o modo como os
artistas exploraram as fronteiras da criatividade e da criação, a partir de recursos a novos mediums como a fotografia e o cinema. Já o Dadaísmo
exige uma compreensão do mundo da arte num sentido mais global e que permite criar pontes com a Arte Conceptual – já fora do âmbito das
vanguardas. Será, assim, analisado como a partir de “provocações” como ready-mades ou desconstrução de obras emblemáticas, os artistas
Dadá questionaram os limites do objeto artístico, obrigando o mundo da arte a reformular-se, repensado as suas práticas, os seus rituais e pondo
em causa, por fim, a essência do próprio objeto artístico.
5. Modernismo e Vanguardas – O caso português

Regime de avaliação

Avaliação contínua tendo em conta os seguintes parâmetros:
- Participação e empenhamento nas tarefas propostas – 40%
- Produção de um trabalho e/ou reflexão crítica - 60%

Duração25 horas.
Dias de Duração9
Modalidade:Curso de Formação
FormaçãoEspecífica
AcreditaçãoCCPFC/ACC-123837/24